sexta-feira, 22 de maio de 2009

Eita, mundo... (o do cabelo)

Sentia falta do cabelo. Não que não devesse ter cortado, no dia em que o fez (ou o fizeram para ele) foi extremamente divertido. Era uma ocasião tão feliz... Mas agora, alguns meses depois, tempo o suficiente pro cabelo ter crescido um pouco e ele ter ido cortar de novo pra ajustar o pezinho, fazia uma falta... Lembrava com profunda saudade da sensação agradável de balançar o cabelo molhado, no banho, ou depois de sair de uma piscina num churrasco.

Via fotos antigas daquele cabelo desajeitado – há controvérsias disso, é verdade – e queria poder fazer uma mágica que o restituísse tal como era. Muita gente criticava, muita gente não gostava, mas ele... ele nunca se achara tão bonito! Olhava-se de perfil na tela do computador com o cabelão e estava ótimo, de frente, idem, meio de perfil e meio de frente, realmente muito bom! Talvez não fosse o cabelo, talvez houvesse algo mais. Talvez se lembre de quando era mais jovem, quando tinha mais brilho nos olhos e menos pelos na face. Enxergava menos suas imperfeições, ou talvez tivesse menos imperfeições (talvez isso o fizesse mais feliz). Agüentava dormir menos, contemplava mais as estrelas, a lua, prestava mais atenção no mundo, apesar de o perceber menos. Pois agora tinha percebido a confusão que o mundo era, um mundo que sequer o permitia deixar seu cabelo como quisesse. Que raio de mundo é esse? Talvez não fosse só o cabelo, talvez houvesse algo mais. Talvez não fosse só o cabelo, talvez fosse o mundo.

2 comentários:

  1. Bom, o pior é q tenho q compartilhar dessa opinião sua... era bom d+++ sair do banho molhando tudo enquanto balançava o cabelão uhahuahuuhahuahu

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  2. hum.....
    uma metáfora...
    fraguei!!!rsrs
    bjs!

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