quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Tempo

O tempo gira louco
não espera uma única recuperação
Ele é sempre tão pouco
Não recua, não há reconsideração

Ele segue, imune, impávido,
Não olha pros lados
Não pensa em ninguém
Simplesmente rolam os dados

Meu pai de óculos
nunca pensei que veria
E logo serei eu
Ele e eu no fim dos dias

Eu olhando pra trás
Pras minhas horas de sorrisos
Lembrando de um momento fugás
De um olhar que me deixou embevecido

Das correrias, nas tardes ensolaradas
Das conversas e loucuras nas noites em claro
Dos jogos e aventuras com as pessoas erradas
Dos segredos e abraços dos meus amigos raros

Vou ouvindo o barulho do relógio
Com a única certeza do meu envelhecimento
Pensando em correr enquanto o corpo agüenta
Em conseguir achar positivo o golpe do vento

Já que um dia esse golpe quebrará os meus ossos!

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