segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pocket version

Escovava os dentes e veio um gosto de banana. Já passava de meia noite. O dia havia sido uma incrível mescla de normal e estranho. Na TV, uma notícia da morte de um grande cantor e músico. Depois, um filme estrelando um ator famosíssimo, tão famoso que eu nunca ouvi falar. Talvez eu não seja tão pop assim, talvez underground demais. Enfim, resolvi fazer outra coisa. Quando entrei nesse ambiente me choveram pensamentos, senti cheiros gordos e coloridos, estava entrando num estágio novo. Alguns quadros circulavam a parede e formavam algumas letras tortas: NOW. Não sabia ao certo o que era aquilo, mas muitas perguntas, de súbito, me invadiram a cabeça naquele momento. Foi quando detive meu olhar no fogo da lareira. Vi ali imagens de reis e de heróis, de gente que passava fome, de loucos e poetas, de políticos corruptos, de prostitutas. Quase conclui que eram, no fim, todos a mesma pessoa. Peguei um café, acendi um cigarro. Desisti do café, lembrei que não fumo. Peguei o violão e toquei uma canção, balbuciava algumas palavras, faltava algo. Depois procurei no bolso direito e só achei um relógio – estava parado – procurei então no outro bolso, o esquerdo, e finalmente achei o que faltava: você.

3 comentários:

  1. "Pocket Version"... Fala do relógio parado? hehehehe. Cara, meus parabéns pelo blog, tá fantástico. Com palavras parece que abraçamos o mundo , não é? E a palavra é certa: NOW! You know?! hehe. Abraços!

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  2. Muito doido velho!e muito bonito! srs

    abração.

    Lenon Moraes

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  3. Ai que bonitinho!!!
    adorei!
    ah, muito engraçada a parte do cigarro, ate imagino você fazendo isso, rsrsrs
    abraço, velho!!
    Poli

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