domingo, 10 de maio de 2009

Realmente fulminante

Queria voltar a ser criança. Nada de preocupações, só quando algum brinquedo sumia, ou qual era o horário do seu desenho favorito na TV. O dia-a-dia agora o consumia, a vida já não tinha mais tanta graça quanto falaram pra ele um dia que tinha. Via pessoas morrendo, de velhice, de doença – por vírus microscópicos. Via também pessoas vivendo precariamente, vazias, inexpressivas, ou dependendo de terceiros em excesso – era isso que queria pra ele? Concluiu então o quão precário é o homem, o quanto ele não tem e não sabe de nada, por mais que pense o contrário. Escrever já não lhe bastava mais. Nem ler, nem ouvir música – atividade que gostava muito, ficava até excitado com isso –, nem escrever música (idem). Parecia tudo perdido, parecia tudo acabado, mas não iria se matar. Até que achou algo que o tirou daquela desilusão em estado permanente. Falar com os amigos, isso sim restituiu sua paz. Depois voltou pra casa, contemplava o teto branco do quarto com a mesma sensação de antes. Precisava enfim achar uma paz individual, mas quem disse que conseguia? Era uma crise realmente fulminante...

2 comentários:

  1. Não faleh em ficar velho que euzinha fico bege bege rosa...Brinkdeirinha
    Eu me considero uma criança minha idade é de 12 anos,mas as vezes sinto vontade de crescer logo e ser dona do meu nariz mas essa palavras do Post mi fezerem entender que isso não pode acontecer precocemente...
    Tchau
    Vo aproveitar minha infancia...
    Ps:Passa la no meu blog...

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  2. nossa! eu sei muito bem como é isso!

    contemplar o teto branco do quarto com a mesma sensação de antes! muito foda!

    a procura pela paz individual é algo quase que constante!

    abraços,
    Lenon Moraes

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